quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Pará pode pedir reforço policial de outros estados

O esquema de segurança para as eleições no Pará ainda não foi totalmente definido, mas há a possibilidade de serem requisitados militares de outros Estados para reforçar a segurança pública, se o Tribunal Regional Eleitoral (TRE/PA) achar necessário, como foi admitido ontem pelo presidente do órgão, desembargador João Maroja.

Ontem, foi realizada a primeira reunião entre os representantes da segurança pública do Estado, forças armadas, além de Guarda Municipal de Belém e Companhia de Transportes de Belém (CTBel) e Corpo de Bombeiros com o presidente do TRE/PA, visando preparar o esquema de segurança pública para o período da eleição.

Nem os representantes do Exército e Aeronáutica e nem da Secretaria Estadual de Segurança Pública quiseram informar quais os números de militares que serão destinados para o Estado e os equipamentos que serão disponibilizados. Apenas o representante da Marinha, capitão-de-corveta Sérgio Ventura, informou que serão destinadas 12 embarcações para transporte de técnicos e de urnas para localidades distantes dos centros urbanos, com acesso apenas por água. Também afirmou que se o TRE pedir, a Marinha vai disponibilizar a seção de fuzileiros navais para ajudar no reforço de segurança durante o pleito eleitoral.

INDEFINIÇÃO

O Pará é o Estado que mais requisitou pedido de reforço de segurança para garantir o voto com tranquilidade. No total, 106 dos 143 municípios pediram tropa federal para o período eleitoral. Ainda não foi definida pelo TSE se em todos esses municípios haverá reforço mas, de acordo com o secretário de Segurança Pública, Geraldo Araújo, o tamanho do efetivo, tanto da PM quanto a tropa federal ainda está sendo avaliado, baseado na necessidade da eleição anterior e em situações de risco eminente em alguns municípios com histórico de violência neste período de eleições.

O plano de segurança para as eleições, afirma Araújo, é justamente para prevenir situações de violência tanto contra eleitores quanto para resguardar os prédios públicos, como fóruns, delegacias, entre outros. João Maroja afirma que onde houver necessidade de homens para reforçar a segurança, o TRE requisitará. Mas ele acredita que não haverá necessidade de grande reforço em todos os municípios, onde os juízes eleitorais requereram.

Maroja também descartou a possibilidade de reforçar a sua segurança, após o atentando sofrido pelo presidente do TRE/SE, na semana passada. Ele afirma que tem porte de arma e que vai continuar com a segurança que mantinha anteriormente, que é um cabo da Polícia Militar. “O Pará não é o único Estado que pede força federal nas eleições. Muitos pedem, mas aqui temos que considerar que geograficamente somos diferenciados”, justifica João Maroja. Outras reuniões para definir o plano de segurança para a eleição 2010 no Pará serão realizadas em setembro.

Fonte: Diário do Pará

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